Good bye, my almost lover.


Eu estava andando entre as lápides, lia nomes de pessoas que não conhecia. Pensava se um dia teria uma igual aquelas. Talvez não, eu queria doar meus órgãos e ser cremada.
Sentei na frente de uma em especial, lá estava escrito: "Anna Franch, uma mulher batalhadora, que lutou até a morte pela vida de seu filho Edmund Franch".
Pensei em como queria ser uma mulher batalhadora como ela, não sei. Nunca cheguei a conhecer a Anna, mas sentava na frente de seu túmulo desde que ela chegara no cemitério(eu morava perto do cemitério, meu lugar favorito no mundo todo, conhecia todos os nomes das pessoas de lá.) e conversava com ela. Ou melhor, com a lápide dela. Cheguei até a conhecer seu filho, Edmund. Ele me dissera que tinha problemas no coração e que eles eram uma família pobre. Anna era garçonete, teve Edmund muito cedo e foi abandonada pelo pai dele.
Ela trabalhava doze horas por dia para tentar sustentá-lo. E nas outras doze ia todos os dias ao centro de doação de órgãos para saber se o nome do seu filho tinha subido na lista de doações. Chegou a fazer campanhas, camisetas e tudo mais. Pois, Ed estava muito mal mesmo. Ela morreu no dia 17 de outubro de 2004. Tinha sido atropelada.
Hoje, seu filho, Edmund é cardiologista formado em Harvard e meu futuro marido. Talvez por eu gostar tanto da mãe dele, nós fomos feitos um para o outro.
Apesar deu acabar de ter terminado o colégio agora e ele ter cinco anos a mais do que eu, somos o casal perfeito.
Não somos nós que escrevemos nosso futuro, certo? Mas somos nós que sabemos à quem nosso coração pertence. E eu estou disposta a dar o meu para ele, se ele quiser o meu amor.

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