Good bye, my almost lover.

Novo blog, valeu ae. Esse já deu o que tinha que dar.
Vida nova, tudo novo.
http://luminositedesetoiles.blogspot.com/

Postagem de número 65 (e a última)

De alguma forma, nós crescemos. O cavalo branco, o príncipe encantado e o "felizes para sempre" são meros sonhos de infância que paramos de acreditar.
No pior dia da sua vida, você acorda e toda sua inocência e sonhos somem; evaporam; desaparecem. A vida passa de um colorido lindo para o preto e branco.
Você vai sofrer, vai fazer juras de amor que não pode cumprir. Você vai chorar. Ele vai virar as costas como se nada tivesse acontecido, e nem vai olhar pra trás. Chorar por dias afim da dor passar. Mas nunca passa. O tempo sim passa, mas os caquinhos do seu coração continuam ali, jogados no chão.
Quando o passado se faz presente, quando insistimos chorar por ele, ele nunca é esquecido.
Nós pegamos o pedaço do nosso coração ferido por ele e delicadamente guardamos na gavetinha que os faz importantes; inesquecíveis.
Daí nosso coração remendado, esburacado, volta a vida. Com as feridas ainda frescas, pois elas doem como se fosse ontem que tudo acabou.
Eu realmente precisava de você, eu disse que você ia sumir e evaporar como bolhas de sabão. Eu sabia.
As lembranças, os abraços, as risadas. O amor. Nada será esquecido. Você e eu.
Preciso desesperadamente viver. Porque agora eu acho que estou afundando, mas eu preciso lutar.
Com amor, e um adeus de quem eu sempre fui. Hayley Nichole Williams.

Eu estava lendo um livro que ganhei de aniversário da Paty. Dewey: um gato entre livros é um livro absolutamente perfeito. No início pareceu um pouco cansativo, porque explicava o cenário em que a história se passava (Spencer, Iowa) mas logo que chegamos naquela noite mais fria de janeiro nos deparamos com uma história surpreendente e comovente de um gato que comoveu não só uma cidade, como o mundo todo. Dewey Read More Books, o gato cor de laranja que sentava nos colos necessitados, que deu amor e atenção não só a "sua" dona, Vicky Myron, como deu amor e comoveu tantos corações pelo mundo.
Por isso, eu recomendo, leia o livro. Ele me fez chorar no final, não só pelo fato dele ter ido, e da despedida ter sido dura. Mas eu acabei pensando que, eu não estou pronta para me despedir dos meus. Não agora, e nem sei daqui dez anos.

Nichole Williams.
Ps. as fotos e o nome vai mudar, fake nova.

Factótum - o livro.

"- Alguma vez você já se apaixonou?
- Isso é para pessoas de verdade.
- Você me parece de verdade.
- Não gosto de pessoas de verdade.
- Não gosta?
- Eu as odeio.

***

Ela me olhor, baixando a vista.
- Levante-se do chão, seu retardado, e me traga um drinque.
Trouxe-lhe a bebida e me encolhi perto dela. Sentia-me um idiota. Mais tarde fomos para a cama. As luzes estavam apagadas e fui por cima dela. Dei uma ou duas metidas, parei.
- Qual seu nome mesmo?
- Qual é a diferença, caralho? - ela respondeu.

***

Magia. Algumas mulheres são pura magia."


O molho do macarrão sujou o pijama. Ela acordara às seis e cinco da manhã de uma quarta-feira pós-feriado, e não fez nada a não ser vomitar. Vomitou, vomitou e vomitou até sentir fome. Isso já devia ser umas nove da manhã. Daí ela dormiu. Dormiu, dormiu e dormiu, até o relógio dar dez e meia. Ela ligou a TV, respirou fundo, pôs um chiclete na boca e foi ver a programação. Estava passando um filme num canal Cult. O filme, era de um de seus livros prediletos. Factótum (charles bukowski) conta a história de Chinaski. Um cara totalmente fodido, bêbado, fumante, que não parava em emprego algum e só queria saber de trepar. Ela gostava dele, sabe? Ela. Ou melhor, eu. Vamos começar a falar em primeira pessoa, pois falar de mim como se fosse outra é uma merda.
Eu assisti o filme, que por sinal era uma bosta. O livro era melhor. Mas a trilha-sonora era muito boa. Levantei, fiz macarrão com molho e comecei a comer. O molho sujou meu pijama de frio cor azul claro. E eu fiquei muito puta, mas depois eu não me importei. Continuei comendo.
Sentei na frente do meu computador, morri de ânsia, engoli o vômito e cá estou eu. Uma pobre moribunda prestes a vomitar a qualquer momento. Talvez Henry Chinaski não seja tão diferente de mim.

H. Nichole.