Por mais que eu me virasse na cama e me forçasse a fechar os olhos, o sono não vinha. Se eu virava, lembrava dele, se fechava os olhos, via seu rosto, se respirava, sentia seu cheiro. Ele com certeza estava impregnado em mim, e eu não sabia bem se aquilo era o que eu queria ou não.

“Engraçado, foi numa noite como essa, que eu e minhas amigas estávamos lá, junto com os outros garotos, quando de repente o vi longe, se aproximando de nós. Ele estava me olhando fazia um tempo já, eu estava bêbada pelo cheiro do seu perfume e provavelmente pela cerveja que eu tomava – uma lata atrás da outra - , quando me dei conta de mim, estava cambaleando e rindo à toa. Pronto, só faltava isso pra ele se aproveitar da situação. Sim, ele me agarrou pela cintura e me tascou um beijo sufocante, no início eu tentei fugir dele, mas eu hesitei e pensei que era ele que eu desejava naquele singelo momento. Então me deixei levar, e fui seguindo seus movimentos. Se ele parava, eu parava, se ele ria, eu ria. Minha vida tinha se tornado um jogo. Onde só ele sabia as regras.”

Meu telefone tocou, e meu pensamento foi cortado.

Bip,bip. “Oi, querida, está dormindo?”

Bip,bip “Não consigo dormir”

Bip,bip “Vou passar aí, está sozinha né?”

Bip,bip “Sim”

Pronto, ele estava vindo e eu sozinha em casa, do jeito que ele era, eu sabia o que aconteceria.

“Hm, eu odeio isso. Ele some e aparece, some e aparece. E eu quero falar que cansei disso, mas ele da aquele sorriso e fala algo bonito e eu me derreto toda. Idiota! Sou uma idiota!”

Ele tinha chegado, nós ficamos vendo televisão por uns 20 minutos até ele começar a tentar algo. Aquela noite não iria terminar tão cedo...

-Eu te amo.

-Eu também, querida.

-Fica comigo pra sempre? – ele se abaixou na frente de mim, pôs as mãos no meu joelho e disse:

-Quer uma prova que vou? Namora comigo? – pronto, meu coração disparou e eu estava nas estrelas. Nada, nada nem ninguém me tirariam ele.

E aquele sim soou na minha cabeça no meio dos gemidos que ele me fez soltar mais tarde...

H. Nichole.