Good bye, my almost lover.

A bela podre e dissimulada.


A palidez que sua pele tinha era algo incontestável aos meus olhos. Os cabelos loiros que caiam como flocos de neve até seus seios. Eram longos cabelos loiros, tão loiros que chegavam a ser quase brancos. Brancos como a neve. Olhos que mais pareciam o fundo do mar, e estes eram azuis esverdeados e mostravam uma amargura quando se ficava olhando por muito tempo. A cintura de ampulheta não me deixava mentir, era tão bela que até os deuses adorariam tê-la para si. E por último, a sua boca, uma carnuda e bela boca. Rosada e pequenina, mas não tão bela quando o par de seios que ela carregava.
Ah, passar as mãos pelas suas costas e transpassá-las para dentro de seu corpo era o que eu mais desejaria nesses tempos. Não, não era sexo que eu queria. Eu só queria senti-la. Só queria sentir o doce veneno que uma criatura tão bela poderia me dar. Queria sentir cada órgão dentro de seu corpo e tirá-lo para fora para que eu possa examiná-lo melhor. Queria ter seu coração em minhas mãos e ver se este também era o mais belo.
Mas apesar da perfeição eu sabia bem lá no fundo que ela era pobre. Mesmo tentando negar, eu sabia que ela era uma dissimulada. Pisava nos sentimentos alheios para ter o que desejava. Abria as pernas caso isso fosse preciso ou até por diversão. Ela era tudo isso. Mas ainda sim eu a desejava, eu a queria só para meus desejos. Porém, isso não aconteceria, eu sabia que ela, por mais perfeita e podre que seja nunca seria digna de homem nenhum.
A garota podre e dissimulada será sempre um vírus que age sobre meu cérebro e pára meu coração. Amargurando meu coração e deixando um gosto azedo nos meus lábios que brevemente ficarão frios.

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